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Nova Zelândia: guia rápido

Introdução:

É necessário recuar quase mil anos para reconstituir toda a história deste país, que teve início no momento em que barcos de tribos polinésias atracaram nestas ilhas desertas. Estas tribos (Maori) implementaram aqui a sua cultura e estabeleceram várias comunidades que foram crescendo com o tempo. Construíram cidades fortificadas (conhecidas como "pa"), e desenvolveram várias técnicas agrícolas sofisticadas para melhor aproveitamento de recursos.

O primeiro europeu que visitou o território hoje conhecido como Nova Zelândia foi um explorador holandês, Abel Tasman, mas só no final do séc. XVIII o território foi alvo de uma tentativa de colonização. Em 1769, James Cook fez a primeira de três viagens à NZ e, na segunda visita, reivindicou o território para a coroa britânica. Foi mais tarde estabelecido um acordo por ambas as partes em a soberania inglesa era reconhecida, privilegiando o acesso dos Maori a terras e recursos naturais (Tratado de Waitangi, 1840).

Ainda assim, a relação entre os dois povos não foi sempre pacífica. A participação na 1ª Guerra Mundial e o desenvolvimento da NZ exacerbou um sentimento de pertença e identidade própria por parte dos neozelandeses, iniciando um processo de divórcio com a Coroa. Em 1893 a NZ tornou-se o primeiro território do mundo onde as mulheres puderam votar, cimentando a sua reputação de sociedade evoluída e progressista. Finalmente, em 1948, o país separou-se definitivamente do Reino Unido.

Esta economia insular continuou a todo o vapor pelo séc. XX, com a explosão do turismo, serviços e produção industrial. Hoje, a NZ é uma nação moderna e multicultural, com uma economia diversificada e um património histórico riquíssimo.

Geografia:

A NZ localiza-se no Sudoeste do Oceano Pacífico. Consiste em duas principais ilhas (Norte e Sul), às quais se juntam numerosas ilhotas mais pequenas. A sua localização entre as placas tectónicas do Pacífico e Australiana faz com se seja frequentemente submetida a atividade sísmica. Os tremores de terra não são raros e há áreas onde a atividade vulcânica é evidente.

O clima é temperado marítimo e influenciado pela sua localização no hemisfério sul e também pela envolvência do Oceano Pacífico. Os padrões de temperatura são irregulares pela proximidade ao oceano e pelo terreno montanhoso, recortado e irregular. A temperatura média no verão (dezembro a fevereiro) varia entre os 20-30º, enquanto que no inverno (junho a agosto) oscila entre 10-15º na Ilha Norte e 0-10º na Ilha Sul.

A pluviosidade varia, sendo que as regiões sul e oeste recebem mais milímetros de chuva devido aos ventos predominantemente vindos de oeste. O Parque Nacional dos Fiordes é um dos locais mais húmidos do nosso planeta e a queda de chuva é distribuída pelo ano, sem sazonalidade. As regiões norte e este tendem a ser mais secas, com algumas áreas a terem inclusive períodos de seca.

Informação básica:

  • Capital: Wellington
  • População: 5,1 milhões (dados de 2021)
  • Língua: Inglês, Maori
  • Religião: 37% Católicos; 49% não afiliados a nenhuma religião
  • Moeda: Dólar Neozelandês (NZD). Em fevereiro de 2023:
    • 1 EUR = 1,72 NZD
    • 1 USD = 1,62 NZD
  • Tomadas: tipo I (também usada na Austrália e Pacífico Sul)

Melhor altura para visitar:

A melhor altura para uma visita ao país depende dos gostos e do que se planeie fazer. A meteorologia é, no entanto, muito variável e não é impossível sentir as quatro estações do ano num único dia.

A primavera (setembro-novembro) é uma boa altura para visitar. O tempo começa a aquecer, e as flores selvagens da montanha desabrocham. São bons meses para atividades ao ar livre como caminhadas ou bicicleta.

O verão (dezembro-fevereiro) é época alta, e nesta altura os locais de acampamento podem encontrar-se algo lotados. Os dias são longos e o tempo é geralmente quente e soalheiro.

O outono (março-maio) é outra excelente altura, com temperaturas mais frescas. As folhas caducas adquirem tons amarelados e avermelhados que só beneficiam as fotografias que se tirarem. Tal como a primavera, estes meses ainda continuam a ser uma boa opção para caminhadas ao ar livre.

O inverno (junho-agosto) é mais propício a desportos de neve, como ski ou snowboard.

Vistos (simplificado)

A maioria dos países ocidentais beneficiam de um período de 3-6 meses no qual não é necessário visto. No entanto, continua a ser necessário pedir uma autorização de viagem (NZeTA - New Zealand electronic travel authorization) antes da chegada. Podem pedi-la online aqui. Custa 24NZD online e 17NZD na aplicação oficial disponível nas lojas Apple e Android (nós optámos por fazer o processo pela aplicação).

Dinheiro:

Podemos encontrar em quase todo o lado terminais de multibanco, o que torna cartões pré-pagos como o Revolut uma excelente opção para turistas. Ainda assim, comprámos moeda local à chegada (não muito) porque planeávamos estar em regiões mais isoladas, mas na verdade não nos lembramos de alguma ocasião onde tivéssemos que usar dinheiro físico por obrigatoriedade.

A restauração é frequentemente tão cara como a europeia, com uma refeição média a atingir facilmente os 20-30 NZD. No entanto, tínhamos fogão na autocaravana, o que nos permitiu cozinhar algumas refeições e poupar bastante dinheiro.

O preço médio de uma noite em hotel de gama média varia de 150-250ZD. Um dormitório em hostel fica por 20-35NZD/noite e um quarto privado em hostel custa à volta de 60-120NZD/noite.

Cartões SIM:

Temos bastantes opções de cartão SIM à chegada. No aeroporto de Auckland, por exemplo, encontramos quiosques da Vodafone, Spark e 2degrees no terminal internacional. Já no aeroporto de Christchurch existem bancas da Vodafone e Spark no terminal doméstico.

Uma alternativa válida e prática é adquirir um cartão SIM virtual (eSIM). Foi precisamente isto que fizemos através da aplicação Airalo. 10Gb de dados custam atualmente 31,50 dólares americanos e provavelmente serão suficientes para a estadia no país.

O que vestir:

Não há qualquer restrição de índole religiosa ao que vestir.

É de notar, no entanto, que a meteorologia é imprevisível na Nova Zelândia, principalmente no Parque Nacional dos Fiordes onde chove igualmente em qualquer estação do ano.

Segurança:

A NZ é frequentemente considerada um dos destinos mais seguros do mundo, com uma população acolhedora e criminalidade baixa.

Noutro âmbito, é uma região propensa a catástrofes naturais como terramotos, erupções vulcânicas e condições atmosféricas por vezes extremas. Em caso de emergência é sempre aconselhável seguir as indicações das autoridades locais.

Outro foco de perigo na NZ são as estradas. As vias são por vezes estreitas e com curvas perigosas, e a condução do lado esquerdo da estrada pode não ser de fácil assimilação para quem visita.

Gorjetas:

Não são esperadas nem prática comum na maioria dos serviços. Ainda assim, podemos deixar uma pequena gratificação caso queiramos ou estejamos mesmo satisfeitos com um atendimento. A gorjeta não é vista como uma ofensa ou um desrespeito, como acontece em alguns países.

Alojamento:

Podemos encontrar um espectro de alojamentos que agradará a uma boa parte das carteiras e preferências. Fizemos quer a Ilha Norte , quer a Ilha Sul de caravana, e sempre que possível usámos locais gratuitos para acampar. É provavelmente o modo mais fácil de visitar o país, visto que outras opções serão frequentemente demasiado caras para o que oferecem.

O preço médio de uma noite em hotel de gama média varia de 150-250ZD. Um dormitório em hostel fica por 20-35NZD/noite e um quarto privado em hostel custa à volta de 60-120NZD/noite.

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