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Auckland: cidade das velas

Não sendo a capital da Nova Zelândia, Auckland é ainda assim a cidade mais populosa e centro económico do país. Situa-se no epicentro de um campo vulcânico (48 vulcões) perto da ponta setentrional da ilha norte, a uma latitude que permite um clima mais ameno. A sua localização num istmo de terra é estrategicamente importante e torna-a uma das poucas cidades do mundo a ser servida por dois portos, um na costa do Pacífico e outro na linha costeira do Mar da Tasmânia. O facto de muitos dos seus habitantes possuir uma embarcação deu-lhe o nome de "cidade das velas".

As metrópoles não são propriamente o que atrai turismo à Nova Zelândia, mas Auckland tem os seus quês e podemos abrir uma exceção. A silhueta da cidade é muito "americanizada": apresenta-se-nos com um distrito financeiro central pontilhado de arranha-céus e uma estrutura icónica (a Sky Tower, neste caso), rodeado por zonas residenciais densamente povoadas.

Passámos um total de 24h na cidade, distribuídas por dois dias diferentes. Chegámos a após o almoço do primeiro dia e saímos a meio da tarde do dia seguinte, pelo que é possível distribuir o nosso plano por um único dia inteiro.

Dia 1: Museu de Auckland

Dedicámos a tarde do primeiro dia a riscar este museu da nossa lista. Fica relativamente longe do centro e ainda leva algum tempo a explorar.

Mas porquê visitar?... Bem, este é provavelmente o melhor museu em Auckland, onde podemos aprofundar o nosso conhecimento sobre as raízes e história deste país. O salão central da entrada principal no R/C é completamente dedicado aos Maori e vale a pena por si só: a casa-modelo e o santuário são algo a não perder, definitivamente.

Detalhe do santuário Maori em exposição no Museu de Auckland

Em outras salas encontram-se em exibição artefactos e tradições Polinésias de outras ilhas do Pacífico Sul, assim como factos e curiosidades sobre a fauna e flora da Nova Zelândia.

A exposição prossegue cronologicamente ao longo do andar superior com o período colonial inglês, a participação involuntária dos Maori na 2ª Guerra Mundial, e finalmente a tão esperada independência. No piso de cima também podemos ver uma breve exposição sobre a geolocalização de Auckland e a quase garantida erupção vulcânica que acabará por afetar a cidade de alguma forma num futuro que se espera longínquo.

  • Tempo aproximado de visita: 2h30
  • Entrada (estrangeiros):
    • Adultos: 28NZD
    • Crianças: 14NZD (5-13 anos); grátis (<5 anos)

Dia 2: circuito a pé no centro

No nosso segundo dia fomos dar um passeio a pé pela cidade. O nosso plano assemelha-se à sugestão dada pelo guia "Lonely Planet".

Mas antes disso, fomos dar um passeio bem cedo pelo melhor miradouro da cidade: o Maungawhau / Mt. Eden. Daqui podemos observar vários cones vulcânicos e testemunhar a localização de Auckland, no indubitável epicentro de um campo vulcânico. É também provavelmente o melhor local para uma foto do centro financeiro e da Sky Tower (ver foto de capa).

  • Tempo aproximado de visita: 30-60min

Próxima paragem: centro da cidade! O nosso percurso pedestre começou no Myers Park, um espaço verde compacto com algumas obras de arte públicas. Atravessámos este parque de sul a norte, sempre com a Sky Tower ao fundo. Continuando para norte, chegámos à Praça Aotea e à Câmara Municipal, uma sala polivalente que também acolhe peças de teatro e outros eventos.

Seguimos para norte pela Queen Street, virámos à direita na Wellesley Street e depois à esquerda na Lorne Street. Do lado direito, vemos uma escada em que está pintado um mural em honra daquelas que lutaram pelo direito ao voto das mulheres na Nova Zelândia. Depois deste mural, surge-nos o Albert Park, outra pitoresca zona verde com jardins bem tratados e com estátuas de rostos notáveis do país. Aqui passámos um pouco de tempo antes de continuar para a intrincada torre do relógio da Universidade de Auckland, um local obrigatório para amantes de arquitectura.

Torre do relógio da Universidade de Auckland

De seguida desviámos para a Sky Tower, o marco mais reconhecido da cidade: uma torre de betão que vislumbra a cidade do alto dos seus 328m e um local que não queríamos deixar de ver. Há dois andares consecutivos de onde podemos apreciar uma vista panorâmica de 360º sobre a cidade. Os visitantes também têm a possibilidade de se aventurar no Sky Jump (um bungee jump a partir dos andares superiores) ou no Sky Walk (um pequeno passeio numa plataforma de 1,2m de largura a 192m acima do solo).

  • Tempo aproximado de visita: 1h (sem as atividades)
  • Horário de funcionamento:
    • Domingo a 5ª feira: 9h30 – 18h
    • 6ª feira e sábado: 9h30 – 20h
  • Entrada: 40NZD (35NZD em reservas online)
  • Sky Jump: 235NZD
  • Sky Walk: 160NZD
Sky Tower

A nossa visita não estaria completa sem uma visita ao famoso mercado do peixe (Auckland's Fishmarket), onde almoçámos já tardiamente. Neste mercado encontramos um grupo de restaurantes e take-aways que complementam da melhor forma uma visita à maior cidade da Nova Zelândia. Fish and chips é o prato nacional (obviamente importado do Reino Unido), mas também existem outras opções mais complexas nas várias ementas.

E assim terminou a nossa visita a Auckland, a nossa última paragem na ilha norte e uma cidade que recomendamos vivamente incluir numa visita à Nova Zelândia! Qualquer dúvida ou questão pode ser submetida na secção de comentários em baixo!

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