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República Dominicana: tudo o que precisa saber

Introdução:

A história da República Dominicana desenrola-se por séculos e é moldada pela cultura indígena e colonização europeia. A ilha de La Hispaniola era inicialmente habitada pelos Taino quando Cristóvão Colombo chegou em 1492. A cidade de Santo Domingo foi rapidamente fundada em 1498, tornando-se a primeira aglomeração europeia nas Américas. Este período foi marcado pela introdução de escravos africanos na população da ilha, bem como pelo tratamento desumano direcionado aos povos indígenas.

Em 1844, o país libertou-se do colonialismo e declarou-se independente. Os anos seguintes foram de grande instabilidade política, como é normal nestas transições. Juan Pablo Duarte foi uma das figuras de proa nesta transição, ajudando à libertação do povo e inspirando a nação à luta pela auto-determinação.

Durante o séc. XX, o país continuou envolvido num turbilhão político, com golpes militares dos quais resultou a ditadura de Rafael Trujillo, que comandou os destinos da R.D. de 1930 a 1961 até ser assassinado. Desde aí, o país foi encontrando estabilidade, desenvolvendo-se e tornando-se um dos destinos turísticos mais populares das Caraíbas.

Geografia:

Apesar da reduzida dimensão, a D.R. é, ainda assim, dos maiores países das Caraíbas, partilhando a ilha de La Hispaniola com o seu vizinho Haiti. O ponto mais alto é o Pico Duarte, com 3098m, localizado no interior montanhoso. O território caracteriza-se por paisagens variadas, contemplando p.ex. florestas tropicais no leste a ambientes mais secos no oeste.

O ex-libris do país são obviamente as suas praias, encontradas ao longo dos recortes da sua costa mas também em ilhotas e atóis, dos quais se destaca a exageradamente turística Isla Saona. O sargaço é o intruso que ninguém quer encontrar e cuja sazonalidade é por vezes imprevisível. No entanto, costuma aparecer sobretudo entre maio e outubro, os meses mais quentes do ano. No decurso da nossa viagem apenas nos deparámos com sargaço na costa de Santo Domingo, a sul (fim de maio).

A abundância de calcário pela ilha é notável e pelas suas características deu lugar à formação de várias cavernas. No parque Los Haitises é-nos possível visitar algumas destas formações geológicas.

Informação básica:

  • Capital: Santo Domingo
  • População: 10,8M (estimativa de 2022)
  • Língua: espanhol
  • Religião: 67% cristãos / 30% ateus / 3% outros
  • Moeda: Peso Dominicano (DOP). Em novembro de 2023:
    • 1 USD = 56 DOP
    • 1 EUR = 60 DOP
  • Tomadas:
    • tipos A e B (semelhantes às dos EUA)

Melhor altura para visitar:

O país tem um clima tropical, que alterna entre um período seco e um período de chuvas.

Os melhores meses para visitar são os de menor pluviosidade, entre dezembro e abril. Aqui, o tempo é ameno e agradável, ótimo para atividades ao ar livre. Tratando-se de época alta, os preços estarão proporcionalmente inflacionados.

A época das chuvas começa em junho e estende-se até novembro, com maior frequência de furacões entre agosto e outubro. A chuva são normalmente aguaceiros fortes mas que não duram muito tempo. Nesta altura os preços são mais acessíveis, tendo como contrapartida o clima e o risco de cancelamento de voos, etc.

Há também um curto período de ponte entre estas duas estações, no mês de maio e no fim de novembro, em que os preços continuam acessíveis e o risco de chuva é baixo. Foi precisamente nesta altura que visitámos a R.D (fim de maio / início de junho)

Vistos (simplificado)

A maioria dos países "ocidentais" beneficiam de um acesso de 90 dias sem necessidade de visto. É no entanto necessária uma pré-autorização de viagem. Poderão preenchê-la aqui.

Orçamento:

Viajar independentemente neste país não é necessariamente mais barato que um pacote de uma semana num resort com tudo incluído.

Por sorte, encontrámos voos a preços simpáticos, com ida e volta por Madrid a cerca de 600€/pessoa. A Iberia e a Air Europa, por exemplo, oferecem bastantes ligações para Santo Domingo e Punta Cana. Qualquer valor abaixo de 700€ já é óptimo para atravessar o Atlântico, tendo em conta os preços praticados atualmente.

O nosso carro foi alugado através da Hertz por 330€, mas acabou por ficar mais caro devido a um seguro obrigatório que quase duplicou este valor, para cerca de 550-600€.

Quanto ao alojamento, marcámos quase tudo através do Airbnb e gastámos cerca de 15-20€/pessoa por noite. A única excepção foi Santo Domingo, onde reservámos um hotel mas também pelo mesmo valor/pessoa, aproximadamente.

É possível arranjar refeições baratas, sobretudo "street food". Há imensos restaurantes acessíveis, com pratos a custar 5-7€/pessoa.

Dinheiro:

A maioria dos estabelecimentos tem terminal de cartões, o que torna os cartões pré-pagos uma excelente hipótese para poupar em taxas de conversão. Qualquer cidade de média dimensão terá certamente uma caixa multibanco. Ainda assim, será útil ter sempre alguns pesos na carteira, porque nem todos os restaurantes e cafés têm disponível o pagamento com cartão.

Cartões SIM:

Os maiores aeroportos, como o de Punta Cana ou Santo Domingo, têm quiosques onde podemos adquirir cartões SIM pré-pagos locais. Normalmente localizam-se nas chegadas, após a alfândega.

Em alternativa, poder-se-á comprar um plano eSIM de uma aplicação como a Airalo, que por vezes usamos. Na D.R. apenas tivemos ligação por rede Wi-Fi, à qual se pode aceder em virtualmente todos os restaurantes e cafés.

O que vestir:

Não há restrições religiosas em relação ao modo de vestir, mas é sempre boa ideia usar algo mais modesto para visitar locais de culto ou localidades mais pequenas e conservadoras.

São aconselhadas roupas leves e respiráveis, como calções, t-shirts ou vestidos, que servem à maioria das atividades. Durante os meses mais chuvosos, de junho a novembro, não esquecer um casaco impermeável e guarda-chuva.

Segurança:

A R.D. é um país seguro, com baixas taxas de crime e uma população acolhedora. Isto não exclui o furto de ocasião, como em qualquer parte do mundo.

O país é predisposto a perigos naturais como furacões, principalmente de agosto a outubro. É importante seguir as recomendações das autoridades competentes perante estes fenómenos da natureza.

Outro problema da R.D. é a segurança rodoviária. As estradas são normalmente boas, ou aceitáveis, mas a condução agressiva é muitas vezes a regra. Aconselhamos evitar ao máximo a condução noturna.

Gorjetas:

São esperadas em várias situações, nomeadamente nos pontos mais turísticos do país. Em restaurantes, é simpático deixar cerca de 10% do valor total da conta. Alguns já têm uma taxa de serviço incluída no talão. Em tours realizadas a partir de resorts, é também esperada uma gorjeta de 10% do valor da excursão.

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