Avançar para o conteúdo

De carro por La Hispaniola: 8 dias na República Dominicana

The eastern half of the island of La Hispaniola is home to the Dominican Republic (D.R.), a vibrant country renowned for its tropical landscapes and pristine beaches. Over the past few decades, the D.R. has been the perfect Caribbean getaway and solidified its status as a safe tourist haven, particularly from Europe. The country’s political stability and competitive pricing (comparing to other Caribbean destinations) have been key factors attracting these travelers who mainly seek beach destinations and all-inclusive resorts.

Muito poucos lugares no mundo competem com estas praias

As suas praias idílicas mimam os turistas com águas transparentes, areias brancas e palmeiras ondulantes que as tornam locais perfeitos para apanhar sol ou praticar desportos aquáticos. Punta Cana ainda é o principal destino de praia na R.D. mas têm aparecido novas alternativas como Bayahibe ou Samaná. Puerto Plata tem feito o trajeto contrário, e hoje depende largamente da visita de cruzeiros para trazer visitantes à cidade.

Além da sua costa, a R.D. também nos traz outros locais interessantes para explorar. Neste circuito conseguimos incluir as três maiores cidades: Santo Domingo (itinerário completo aqui), Santiago de los Caballeros e Puerto Plata. Também arranjámos tempo para encaixar maravilhas naturais como a cascata El Limón e o menos turístico parque Los Haitises.

Antes de começar devemos lembrar que, para cobrirmos todos estes locais, decidimos não visitar locais demasiadamente turísticos como Isla Saona e Cayo Levantado. É uma decisão da qual não surge arrependimento, visto que neste país não faltam praias semelhantes ou ao nível destas. Vejamos então o nosso itinerário:

Dia 0: Chegada

Se já passaram os olhos por algum outro itinerário nosso, notarão que habitualmente não contamos o dia de chegada. Isto acontece porque frequentemente usamos o que resta deste dia para conduzir para o nosso primeiro ponto de interesse. Este circuito segue o mesmo padrão.

Após a nossa chegada a Santo Domingo, pelas 18:00, dirigimo-nos prontamente à rent-a-car para levantar o veículo. Note-se que pagámos o dobro daquilo que estávamos à espera devido a um suposto seguro extra que precisávamos para conduzir aqui. Que saibamos, a companhia (Hertz) não nos avisou disto aquando da reserva. Após as formalidades, conduzimos para mais próximo de Santiago de los Caballeros, o nosso primeiro ponto de interesse. Ficámos num airbnb em Concepción de la Vega, uma cidade perto de Santiago.

  • Aeroporto de Santo Domingo "Las Americas" -> Concepción De la Vega (154km; 1h55)

Dia 1: Santiago de los Caballeros e Puerto Plata

1.1. Santiago de los Caballeros

  • Concepción de la Vega -> Santiago de los Caballeros (38km; 0h42)

The second biggest city in the D.R. lies on the northern slopes of the country. The city’s cultural heritage is deeply rooted in its colonial past, where it played a significant role. The most important historical landmark, the Monument to the Heroes of the Restoration, commemorates the country’s struggle for independence from Spanish rule. A visit to this monument is highly recommended, as it provides valuable insights into the Dominican journey to independence. The views from the upper balcony, overlooking the town, were a welcomed treat.

  • Entrada: 100 DOP
  • Horário: 2ª-6ª: 8-17h / Sáb: 9-17h / Dom: 9-16h

The city center is a blend of bustling streets, colorful markets and lively plazas, where people-watching is a must. We intentionally lost ourselves in these charming alleys for a couple of hours, ensuring that we made stops at Parque Duarte, Catedral Santiago Apóstol, and Fortaleza San Luis. The San Luis fortress is open to visitors and hosts today’s city jail and several police departments. On the way back to the car, we enjoyed lunch on one of the many restaurants near the Monument to the Heroes of the Restoration.

Infelizmente não nos foi possível visitar outro ponto importante da cidade, a fábrica de charutos "La Aurora". As visitas são gratuitas mas a loja fecha aos fins-de-semana.

  • Entrada ("La Aurora"): livre
  • Horário ("La Aurora"): 8-17h, fecha aos fins-de-semana
  • Duração aproximada da visita (Santiago de los Caballeros): 3-4h

1.2. Puerto Plata

  • Santiago de los Caballeros -> Puerto Plata (72km; 1h20)

A segunda e terceira maiores cidades do país encontram-se bastante próximas. Puerto Plata é um aglomerado que já viu melhores dias, uma vez que a sua popularidade tem diminuído após a ascensão de Punta Cana. Hoje depende dos cruzeiros que aqui atracam por um par de dias, antes de prosseguirem viagem.

Praça principal de Puerto Plata

O Forte de S. Filipe é um dos principais locais históricos daqui. Construído no séc. XVI, ajudou à proteção da costa norte de La Hispaniola numa altura em que era atacada por piratas e conquistadores europeus. Dentro das suas muralhas, encontramos uma exposição que mergulha no passado do forte e da cidade.

The city center isn’t as bustling as Santiago de los Caballeros, unless you stumble upon crowds from cruise ships. Parque Central is not to be missed, as well as the cathedral of San Felipe Apóstol. Not too far away, you’ll encounter two “attractions” that hint at the city’s declining charm: the Umbrella Street and the Pink Street (Paseo de Doña Blanca).

Ninguém à vista, apesar do cruzeiro colossal que se vê ao fundo da imagem

Apesar de termos optado por praias diferentes para relaxar, esta zona também tem algumas opções a ter em conta, se dispuserem de mais dias que nós. Do que vimos, as areias da Playa Dorada são a opção mais consensual por estas paragens.

  • Entrada (Fuerte San Felipe): 100 DOP
  • Horário (Fuerte San Felipe): 9-17h (encerra às 2ª-feiras)
  • Duração estimada da visita (Puerto Plata): 3h

Dia 2: ida para a Península de Samaná

Após um bom descanso em Puerto Plata, o segundo dia de viagem traz-nos uma jornada longa. Serão cerca de 4 horas de condução até Las Terrenas, uma pacata cidade no istmo da Península de Samaná. Passámos a manhã no carro, parando de quando em vez para apreciar as vistas, e almoçámos um pouco antes de Las Terrenas.

We stayed at an Airbnb in this charming, small-sized village on the northern shores of the Samaná Peninsula for two nights. While not being a top destination for international travelers, it lures expats, digital nomads and hippies looking for great beaches and no frenzy. We took a brief stroll through the picturesque city center, which primarily features surf shops, cafés, and restaurants, before indulging in a relaxing afternoon at the beach.

  • Puerto Plata -> Las Terrenas (192km; 3h44)
Las Terrenas

Dia 3: Península de Samaná

This was one of our favorite places in the D.R.. From Las Terrenas, we went to explore the lush, green slopes of the peninsula that conceal the fantastic Salto el Limón and the white sands of Playa Rincón. Samaná Bay is also renowned for whale-watching if you happen to visit the country between January and March. Cayo Levantado, the famous Bacardi Island, is here as well but we chose to visit Playa Rincón instead.

3.1. Playa Rincón

  • Las Terrenas -> Playa Rincón (74km; 1h50)

O dia começou com esta pérola, bem escondida no final da estrada principal da península. A sua localização remota, longe dos resorts e da cidade de Samana, explica o porquê deste pequeno paraíso ainda permanecer por descobrir.

This idyllic beach boasts miles of soft white sand, bordered by palm trees and crystal-clear turquoise waters. Its unspoiled atmosphere makes it a perfect destination for travelers seeking a secluded paradise. The beach remains undeveloped but a handful of local beach bars and restaurants offer Dominican seafood and beverages to visitors.

Um paraíso que vê muito poucos turistas

3.2. Cascata El Limón

  • Playa Rincón -> Cascata El Limón (52km; 1h15)

A maioria dos guias recomenda visitar esta cascata bem cedo, antes da chegada das multidões. De acordo com a nossa experiência, poderemos discordar. A ideia original seria visitá-la cedo, como recomendado, mas quando chegámos já vários autocarros tinham chegado. Seguimos então para a Playa Rincón e decidimos voltar mais tarde.

É importante salientar que há três trilhos para a cascata, cada um com o seu parque de estacionamento: Casa Nega, Parada Ismael e Rancho Español. A Casa Nega é a mais movimentada, portanto desaconselhamos a quem pretenda não ser incomodado pelos "guias oficiais".

Não podíamos ficar mais contentes com a nossa decisão, visto que não queríamos tomar banho na cascata. No caminho de carro, reparámos que os autocarros turísticos se cruzavam connosco de regresso a Samaná, o que nos convinha. Chegámos à Parada Ismael pelas 16:30 e pagámos o estacionamento (300 DOP). No início do caminho encontrámos apenas um guia, que recusámos.

Completámos a caminhada de 2,5km independentemente, e quando alcançámos a cascata os últimos turistas estavam a iniciar o regresso. Conseguimos assim ter a cascata apenas para nós, o que foi ideal para fotos. Regressámos ao carro ainda com luz solar, e voltámos a Las Terrenas para passar a noite.

  • Parque estacionamento (Parada Ismael): 300 DOP
  • Trilho El Limón: 2,5km; 0h45 (apenas ida)
Salto El Limón

Dia 4: Parque Nacional Los Haitises

  • Las Terrenas -> Los Haitises (207km; 4h22)

Neste dia fazemos a jornada mais longa da viagem. O plano seria chegar a Punta Cana e ainda encaixar uma tour de barco pelo Parque Nacional Los Haitises, denominação que se traduz aproximadamente como "terreno irregular" na lingua Taino. O parque engloba inúmeros promontórios e ilhas, que constituem um território protegido onde habitam várias espécies menos frequentes de aves.

Quanto ao passeio de barco, é possível embarcar em Samaná, atravessando a baía para o parque. Esta opção é válida mas mais cara, podendo custar algo como 70-100€, no mínimo.

Em vez disso, demos a volta à baía e conduzimos até Caño Hondo, de onde partem pequenos barcos a motor que dão uma volta pelo parque. Estas tours demoram entre 60-90 minutos e o capitão está ciente da localização das aves, aumentando a possibilidade de avistar um maior número de espécies. Deixamos aqui a localização do porto: 19.063873, -69.450919.

  • Tour de barco (por pessoa): 1800 DOP
  • Tempo aproximado de visita: 1h30

A vila piscatória de Sabana del Mar é um local conveniente para almoço, apesar de não ter muita oferta de restaurantes. Almoçámos no Restaurante Caney, perto do cais, que recomendamos.

  • Los Haitises -> Punta Cana (151km; 2h47)

Dias 5-7: Punta Cana

We dedicated the second half of our journey to relax and enjoy the pristine beaches of Punta Cana. We opted for an airbnb in the city center, which initially seemed like a good idea. However, the vibrant city nights turned out to be noisier than expected, and we found ourselves yearning for a quieter, more peripheral neighborhood.

O centro também tem o problema das concessões de praia. A maioria das palmeiras e sombras artificiais situa-se dentro de recintos de bares que normalmente pressionam ao consumo, o que torna a experiência menos agradável.

Playa Macao

Por este motivo decidimo-nos afastar do centro para uma das melhores praias para famílias de Punta Cana - Playa Macao - que fica um pouco a norte da cidade. O ambiente é mais calmo e podem-se alugar guarda-sóis e espreguiçadeiras por 500 DOP. Existem vendedores de rua com artesanato que ocasionalmente vêm aos guarda-sóis incomodar, mas um "não" chega para os dissuadir.

Trouxemos o nosso próprio almoço de Punta Cana e ninguém levantou problemas por estarmos a almoçar comida de outro lado. Existe também uma mercearia ("colmado") perto da praia, onde podemos encontrar cerveja mais em conta. Estes parágrafos resumem grande parte destes três dias :).

Dia 8: Santo Domingo

O último dia desta viagem foi dedicado à capital, visto que o nosso voo de volta era nessa noite. Muitas das pessoas que visitam a R.D. preferem passar os seus dias pelo resort ou em tours organizadas, mas a capital é algo que vale mesmo a pena conhecer. Podem encontrar o nosso itinerário pela Cidade Colonial aqui. Reservámos este hotel na Calle Conde através do site booking.com.

Assim concluímos a nossa viagem por este país das Caraíbas! O nosso itinerário prova que há muito para conhecer na R.D. fora dos resorts. Conseguimos misturar, nestes 8 dias, praias paradisíacas com parques naturais e paisagens urbanas menos conhecidas. É possível que esta viagem não saia mais em conta que um pacote de uma semana em resort, mas tem a vantagem de se conhecer o país tal como ele é, e é para isso que viajamos. A caixa de comentários está aberta a comentários ou questões :)

2 comentários em “La Hispaniola by car: 8 days in the Dominican Republic”

    1. Boa noite!

      Depende sempre da idade (porque há 2 dias com viagens de 3-4h de carro). Mas quanto a segurança, diria que não há problema nenhum, tirando a condução à noite, porque as estradas têm pouca iluminação.

      Fica aqui o que gastámos (aproximadamente):
      – Voo: 600€/pessoa (com a Air Europa, via Madrid)
      – Carro: 600€ (reserva de 7 dias, no último em Santo Domingo não usámos. Inclui o seguro que se tem que fazer à chegada para conduzir no país)
      – Estadia: 40-60€/noite (reservas no booking.com ou airbnb)
      – Refeições: 5-10€/pessoa

      Não fica necessariamente mais barato que um resort. Mas se for casal + 2 filhos, o valor por pessoa fica logo mais barato para alojamento e carro alugado!

      P.S.: Não é preciso carta internacional para conduzir na Rep. Dominicana 🙂

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *