Oslo, a capital da Noruega e sua maior cidade em número de habitantes, é habitualmente tida como uma cidade desinteressante e sem grandes atrações. Visitámo-la sem grandes expectativas mas acabámos surpreendidos com o ambiente descontraído que aqui se sente e também com o que visitámos!
A sua fundação data da era viking (1040) sob o nome “Ánslo”. Acabou por suceder a Bergen como capital da Noruega pelo ano 1300. No entanto, foi destruída no grande fogo de 1624 e uma nova cidade (Christiania) foi erigida de raíz ao seu lado. Em 1925, o crescimento de Christiania acabou por absorver Ánslo e o conjunto das cidades foi denominado Oslo.
É hoje uma das cidades mais desenvolvidas do mundo, contando com uma rede de transportes moderna, áreas verdes abundantes, planeamento urbano bem executado e museus de excelente qualidade.
Ficámos num dos alojamentosmais baratos que encontrámos, localizado no bairro de Grünerløkka. Daqui, fomos a pé até aos locais que destacámos para ver no centro no primeiro dia, e no segundo fomos ao Museu Fram (mais afastado do centro) com o nosso carro alugado. Deixamos nas próximas secções o itinerário que fizemos.
Dia 1 - Centro de Oslo
1.1. Museu Munch
O primeiro ponto de interesse honra um dos artistas noruegueses mais famosos, Edvard Munch. Esta galeria abriu originalmente em 1963 mas foi transferida para a localização atual em 2021 e re-apelidada de "MUNCH".
Um total de 11 galerias encontram-se espalhadas pelos vários andares, presenteando os visitantes com várias vertentes da obra de Munch, que em alguns segmentos da exposição partilham o espaço com outras obras de modernistas e artistas plásticos contemporâneos.
É de realçar, no entanto, que por motivos relacionados com a sua preservação, a obra mais famosa do autor ("O Grito") nem sempre se encontra em exibição. Três versões da obra são exibidos em alternância: a pintura original, um desenho e uma litografia (todos da autoria de Munch). Calhou-nos a sorte de ver o quadro original (provavelmente não terá relação mas em todo o caso a visita foi a um sábado de manhã).
- Entrada:
- Adultos: 160NOK
- 16-25 anos: 100NOK
- 0-15 anos: grátis
- Horário de funcionamento:
- 2a e 3a feira: 10-18h
- 4a feira - domingo: 10-21h
- Tempo aproximado de visita: 2 horas
1.2. Ópera de Oslo
Algumas dezenas de metros separam a Ópera da paragem anterior, o MUNCH. Apesar de bastante recente (a construção terminou em 2007), este edifício tornou-se rapidamente num ícone de Oslo. O seu tom claro com margens anguladas faz com que pareça elevar-se da água. A calçada em torno da estrutura e o seu topo encontram-se acessíveis a quem os queira percorrer. A visita ao interior é também possível mas optámos por não a fazer.
- Entrada:
- Adultos: 120NOK
- Crianças: 70NOK
- Visitas guiadas em inglês:
- 2a a sábado: 13h e 14h
- Domingo: 14h e 15h
1.3. Catedral de Oslo
Catedral inicialmente construída em 1697 e depois restaurada em 1950 para readquirir o interior barroco original. É usada pela família real e governo para eventos religiosos, nomeadamente casamentos e funerais.
Em algumas noites realizam-se concertos acessíveis ao público em geral (principalmente música clássica).
1.4. Forte de Akershus
Uma das atrações que mais gostámos em Oslo. Originalmente construído no séc XIII com o propósito de reforçar a defesa da cidade e servir como residência real, foi remodelado após o grande fogo de 1624. Na. remodelação incluíram-se alguns traços arquitectónicos do período Renascentista.
É possível visitar alguns dos quartos e salas do castelo (o que julgamos valer o dinheiro pedido). Dentro das ameias encontram-se outros pontos de interesse como o Museu das Forças Armadas e o Museu da Resistência Norueguesa (não entrámos em nenhum dos dois).
As visitas para turistas (individuais ou famílias) só são possíveis nos meses de julho e agosto. Visitas organizadas por agência (grandes grupos), no entanto, podem ser marcadas noutros períodos.
- Entrada (o mesmo preço é aplicado ao interior do castelo e a cada museu individualmente)
- Adultos: 100NOK
- Estudantes/séniores: 60NOK
- Crianças: 40NOK
- Horário (julho-agosto)
- 2a-sábado: 10:00-16:00
- Domingo: 12:00-16:00
- Tempo aproximado de visita: 1h30
1.5. Promenade Aker Brygge
Este passadiço não estava originalmente no plano mas acabámos por dar uma volta por aqui. Apesar de não ser exatamente icónico ou histórico, é um ponto da cidade com bastante vida e de onde se pode fotografar o Forte de Akershus. Do outro lado, no piso térreo dos edifícios, vários restaurantes e bares adornam a rua. Durante os períodos de almoço e jantar (sobretudo aos fins-de-semana) é frequente encontrar estes estabelecimentos completamente lotados.
1.6. Teatro Nacional
Um elegante edifício amarelado que adota algumas características do estilo neoclássico, evidentes na fachada frontal. A estrutura foi inaugurada em 1899 e desde então é local de atuação dos melhores artistas noruegueses e estrangeiros.
Dentro do edifício encontramos quatro palcos. Desconhecemos a existência de qualquer tour ao interior (exceptuando a aquisição de bilhetes para espetáculos) pelo que nos ficámos por uma passagem exterior rápida.
1.7. Palácio Real
Um pouco mais acima do Teatro Nacional encontramos a residência oficial da monarquia norueguesa. Foi originalmente construída para o rei Carl Johan, que faleceu ainda antes da sua conclusão. A sua inauguração ocorreu em 1849.
As visitas turísticas tiveram início em 2002 e encontram-se disponíveis do fim de junho a meados de agosto. A duração é de cerca de uma hora e é aconselhável não só comprar as entradas com antecedência, como também verificar no site oficial se existem cerimónias formais que impeçam uma potencial visita. A entrada pareceu-nos exageradamente cara e optámos por não fazer a tour.
- Entrada:
- Adultos: 175NOK
- Estudantes/séniores: 145NOK
- Crianças: 125NOK
1.8. Parque Vigeland
Este é outro ponto alto da cidade: um parque com mais de 200 esculturas da autoria de Gustav Vigeland, na sua maioria representações humanas. É inclusive o maior parque ao ar livre com o maior número de obras do mesmo artista, que também desenhou as linhas gerais do jardim.
No centro, encontramos uma escultura diferente das outras: um monólito de 17 metros de altura com 121 figuras humanas (adultos nas secções mais baixas e crianças nas mais altas). É vista como uma representação da ressurreição / procura da espiritualidade.
- Entrada: grátis
Dia 2: Bygdøy
Guardámos o segundo dia para Bygdøy, uma pequena península nos arredores que concentra uma porção significativa dos museus de Oslo. Chegámos lá no carro que alugámos para esta semana de férias mas, se estiverem dependentes de transportes públicos, o autocarro #30 vai para lá a partir do centro.
O nosso voo de volta partia nesta tarde, e então optámos pelo museu que por outras reviews parecia combinar a melhor experiência com um tempo de visita aceitável. A escolha recaiu no Museu Fram (também chamado de Museu da Exploração polar), que é frequentemente cotado como um dos melhores da Noruega.
A exibição foca-se nos corajosos exploradores e marinheiros que desafiaram o desconhecido e partiram à conquista dos polos do planeta. Um dos mais reconhecidos é Roald Admunsen, uma figura chave nestas expedições. Dentro do edifício encontramos dois dos barcos usados nestas viagens: o Foram e o Gjøa.
- Entrada:
- Adultos: 140NOK
- Estudantes/crianças: 50NOK
- Tempo aproximado de visita: 2 horas
Caso tenham mais tempo que nós, existem também nas imediações do Museu Fram:
- Museu Kon-Tiki (também com destaque para expedições marítimas, desta feita pelo explorador Thor Heyerdahl. O nome deve-se ao premiado documentário Kon-Tiki, dos anos cinquenta)
- Museu Marítimo (destaque para construção naval, modelos de embarcações, pesca, arqueologia marítima)
- Museu dos Barcos Viking (em restauro, deverá reabrir em 2025 ou 2026)
- Museum de História Cultural (cobre folclore norueguês, arte mitológica, religiosa e cultura Sami)
E termina aqui o nosso itinerário para Oslo! Dúvidas ou comentários poderão ser colocados na secção em baixo!