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Erbil: 7000 anos de história

Bem-vindos a uma das cidades mais antigas do mundo. Erbil (também chamada Hawler) aguentou milénios de história, e hoje permanece como uma importante metrópole e capital do Curdistão. Foi pertença de vários impérios durante sucessivas épocas da história, sendo que atualmente mais de um milhão de pessoas aqui habita.

A cidadela, no centro geográfico, é a sua maior atração. Estas paredes encontram-se neste mesmo local há 7000 anos mas ainda dominam a silhueta da cidade, visto terem sido construídas num promontório, 30 metros acima dos restantes edifícios.

Escolhemos o Erbil View Hotel para pernoitar. É um hote de boa qualidadel, localizado a pouco mais de 1km da praça principal. Os quartos dos pisos superiores, virados a sul, têm vista para a cidadela. É possível pedir um quarto com vista no momento da reserva.

Na nossa opinião, deverá ser reservado um dia e meio para não deixar escapar o essencial da cidade. Seguem os nossos destaques para Erbil:

1. Cidadela

Menção óbvia. A cidadela, já referenciada, é o centro e coração da cidade. Uma visita a Erbil não fica completa sem percorrermos as ruelas de terra batida deste impressionante monumento. Há dois portões mas o mais provável é que se entre naquele virado para a praça principal.

Assim que entramos, vemos que muitos dos edifícios estão em mau estado ou em fase de renovação. Dentro de alguns anos, provavelmente veremos estas ruas tal como eram há milénios atrás graças a estes trabalhos. No centro da cidadela, é impossível não reparar na bandeira curda hasteada num mastro com dezenas de metros de altura.

À direita de quem entra pelo portão do lado da praça, esconde-se um pequeno museu de tapeçaria (Kurdish Textile Museum) que pode ser rapidamente visitado. Aqui são explicadas as técnicas de tapeçaria usadas pelos povos desta zona, bem como o significado de alguns padrões usados. Do lado oposto, encontra-se um museu de rochas (Erbil Stones and Gems Museum), mas que se encontrava encerrado quando lá estivemos.

Do portão do lado oposto à praça, podem-se gozar as vistas para a zona norte da cidade, mas o melhor (e mais icónico) panorama é mesmo para sul, no portão principal, de onde podemos contemplar a agitação do mercado e da praça principal de Erbil.

  • Tempo aproximado da visita: 1h30 (incluindo museu de tapeçaria)
  • Entrada (cidadela): grátis
  • Entrada (Kurdish Textile Museum): 1500 IQD
Cidadela de Erbil desde a praça principal

2. Praça Principal

É o ponto de encontro e de socialização dos locais. Vários vendedores tentam aqui a sua sorte, com balões, chocolates e rebuçados, ou café e chá. Adicionalmente vende-se milho e alpista, não sendo raro ver locais a ocupar o seu tempo alimentando os pombos que também chamam casa a Erbil.

Fazendo fronteira com o mercado e a cidadela, é um local central e privilegiado para absorver o espírito da cidade. É possível fotografar os detalhes da abóbada colorida e da torre do relógio a partir desta praça (imagem abaixo, do lado esquerdo).

Praça Principal de Erbil
A praça é um local frequentemente escolhido para conviver ou simplesmente passar tempo

3. Qaysari Bazaar

Um qaysari bazaar é um tipo de mercado coberto, típico dos territórios do Iraque e Curdistão. O bazar estende-se do lado ocidental para o lado oriental da praça, mas a maior e melhor parte permanece no flanco ocidental.

Várias entradas servem o mercado, das ruas e becos a este adjacentes. Lá dentro podemos perder-nos nas numerosas vielas e encontrar lojas que vendem os mais variados artigos. Muitas delas são inadvertidamente fotogénicas.

Algo a não perder dentro do bazaar é a casa de chá Mam Khalil, um dos estabelecimentos mais antigos do mercado, a servir café e chá continuamente desde os anos 50. As paredes revestem-se de fotografias a preto e branco e artigos de jornais de outras décadas, conseguindo a envolvência certa para nos transportar rumo a tempos idos.

4. Museu da Civilização (Erbil Civilization Museum)

Trata-se de um pequeno museu dividido em 3 secções, com artefactos do 1) Paleolítico à idade neo-Suméria; 2) períodos de Urartu a Hatra e 3) período Sassânida ao Islâmico. Localiza-se uns quarteirões a sul da Praça Principal, mas vale a pena o desvio e não rouba assim tanto tempo para visitar.

O horário é restringido da parte da tarde, e portanto pode ser boa opção para começarmos o dia e depois dirigirmo-nos para o centro. Está aberto de 2a-5a feira (9:00 - 13:00)

  • Tempo aproximado de visita: 1 hora
  • Entrada livre

5. Minarete Mudhafaria

Uma torre de 36 metros construída no século XIII por um príncipe de Erbil. Tem uma base octogonal complementada com um topo cilíndrico, e uma varanda entre as duas secções. O recinto encontrava-se encerrado à altura da visita mas o minarete é perfeitamente visível da rua.

Minarete Mudhafaria

6. Mesquita Jalil Khayat

De construção bastante recente, entre 2005-2007, e erigida a 2km a nordeste da cidadela. Apesar de ser relativamente nova, é provavelmente a mais impressionante mesquita de Erbil.

A arquitetura envolve numerosas abóbadas verdes, brancas e azuis, e vários detalhes nas paredes. E quando pensamos que vimos tudo, o interior impressiona ainda mais: usando tons azuis, dourados e vermelhos, todos os pormenores foram pensados cuidadosamente nesta decoração. Uma carpete vermelha e dourada completa adequadamente o que vemos ao nosso redor, dando-lhe um toque final.

Mesquita Jalil Khayat
Mesquita Jalil Khayat (interior)

7. Mercado do Dinheiro (Money Market)

Podemos encontrar alguns balcões de câmbio no bazar, mas este mercado de que falamos é específico para este propósito. É um local bastante curioso, onde os negociantes têm um carrinho que funciona como balcão. Nos carrinhos está uma quantidade considerável de dinheiro, que manuseiam sem qualquer preocupação. Não há um segurança ou vigilância que se veja, mas mesmo assim as transações vão-se processando naturalmente. Nota: aconselha-se discrição a tirar fotografias aqui.

E chegámos ao fim das nossas recomendações para Erbil! Alguma questão ou comentário deverá ser colocada na secção de comentários em baixo, se possível.

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