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Motivos para não deixar de visitar Siwa

Siwa é uma cidade-oásis remota, nas profundezas do Sahara, ficando a 8 horas de viagem de Alexandria e a 10 horas do Cairo. Apenas 30000 pessoas vivem nesta pequena cidade a 50km da fronteira com a Líbia. Valerá a pena um desvio destes, ainda para mais a passar uma noite num autocarro? Pessoalmente, achamos que sim, Siwa é algo a não perder!

A sua importância já vem de tempos antigos, sendo que os primeiros vestígios de atividade humana remontam a dez mil anos antes de cristo. Também teve importância estratégica durante os tempos da Civilização Egípcia, e inclusive Alexandre, o Grande passou pela cidade para se proclamar faraó do Egipto (no Temple of the Oracle - Templo do Oráculo).

Das dunas gigantes do deserto às dezenas de nascentes dispersas nesta região, não terão certamente dificuldade em preencher os vossos dias nesta cidade.

Chegámos à cidade vindos de Alexandria num autocarro nocturno, ficámos três dias por aqui, e seguimos caminho para o Cairo, pelo mesmo método.

Dia 1: Tour no Sahara

Tendo chegado a Siwa de manhã cedo, fomos ao nosso hotel (Dream Lodge Siwa) com o objetivo de descansar um pouco antes de começar a ver coisas. Como tínhamos um quarto já disponível, e visto o nosso hotel nos ter arranjado lugares numa tour pelo deserto nessa tarde, acabámos por nos deixar dormir até à hora do almoço.

Esta tour incluía um "rally" pelas dunas num 4x4, visita às nascentes de água quente do deserto (é permitido entrar na água), sandboarding, e chá e biscoitos pelo anoitecer (duração total de cerca de 3 horas).

Pôr do sol no Sahara

Dia 2: Lagoas salgadas, nascente de Cleópatra, Templo de Amun, Gebel Al-Mawta, Cidadela

Neste dia, acertámos um preço com um condutor de tuktuk para nos levar a alguns destes pontos. Há várias lagoas salgadas fora da cidade, criadas artificialmente pela extração de sal que se faz nesta zona, e que se tornaram uma atração pela limpidez das águas e pelas suas margens brancas de sal. Apesar de não serem assim tão longe, de tuktuk demoram-se uns 20 minutos para aqui chegar.

Uma das lagoas de sal perto de Siwa

Na volta e não muito longe destas lagoas, encontra-se a nascente de Cleópatra, uma fonte de água fresca transformada em piscina. Em torno dela encontram-se alguns cafés e lojas de recordações. Siwa é uma cidade muito conservadora mas é permitido tomar banho nesta nascente, mesmo sendo mulher.

O Templo de Amun (Templo do Oráculo) foi o local onde Alexandre, o Grande foi proclamado faraó do Egipto. Atualmente, a maioria do complexo encontra-se em ruínas, mas o significado histórico não desapareceu.

A visita a estes lugares demorou-nos cerca de 3,5 horas. Voltámos ao hotel e pagámos ao nosso condutor.

  • Tuktuk (inclui tempo de espera): 150EGP
  • Templo de Amun: 50EGP

Perto do nosso hotel fica Gebel al-Mawta, um pequeno monte onde se podem visitar túmulos senhoriais gregos cujo interior combina o estilo egípcio com o greco-romano. Bónus: daqui tem-se uma óptima vista para o Templo do Oráculo. Terminámos o dia pelo centro da cidade e pela cidadela (Fortaleza de Shali).

  • Gebel Al-Mawta: 50EGP
Templo do Oráculo visto de Gebel al-Mawta

Dia 3: Cidadela e centro da cidade

Tendo ficado impressionados com a cidadela, decidimos voltar ao topo para fotografar a cidade ao nascer do sol. Após mais algum tempo a explorar a cidadela, voltámos às ruas do centro para novo passeio. Acabámos por almoçar no inevitável Abou, um restaurante muito em conta e tido como o melhor da cidade.

Cidadela de Shali (vista a partir do topo)

Fomos mais tarde nesse dia para o Cairo na mesma companhia que nos trouxe de Alexandria (West & Mid Delta Bus). O autocarro sai de Siwa pelas 20:00 e leva 10-11 horas a chegar à capital. É normal que o autocarro seja parado em checkpoints militares e as malas inspecionadas, dada a proximidade de Siwa com a Líbia.

Podem ler mais acerca do Cairo clicando nesta aqui.

Alguma questão em relação a este post? Comente na secção em baixo e responderemos assim que possível!

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