Introdução:
O término da Idade do Gelo desvendou um novo território fértil onde o ser humano pôde prosperar. Pensa-se que os primeiros habitantes desta região tenham para cá migrado por volta de 10000 a.C. As primeiras povoações agrícolas germinaram na região de Oslo e depois espalharam-se por todo o sul da Noruega.
A partir do séc. VIII, os noruegueses começaram a expandir o seu território para as Ilhas Britânicas, Islândia e Gronelândia (Era dos Vikings). Durante a época da Liga Hanseática (por volta dos séc. XIII-XV), a cidade portuária de Bergen surgiu como povoação mais importante da região. Mais tarde, foi criada a União de Kalmar, representada pela Noruega, Suécia, e Dinamarca. A União foi, contudo, interrompida e reatada várias vezes. Em 1814, a Noruega foi derrotada nas Guerras Napoleónicas e tornou-se pertença da Suécia durante um breve período, durante o qual o Reino Unido da Suécia e Noruega foi proclamado.
Mais tarde, o país tornou-se totalmente independente em 1905, foi invadido pela Alemanha de 1940-1945 (Segunda Guerra Mundial), mas prosperou após a descoberta de petróleo na sua costa em 1969. É hoje um dos países mais ricos do mundo, utilizando as receitas do petróleo e do gás para reforçar o seu fundo soberano.
Geografia:
A Noruega é um dos países da Europa setentrional, uma faixa aproximadamente vertical de terra que se alarga à medida que descemos para sul.
O norte recebe a classificação de tundra árctica e é menos fértil que o sul. A costa é irregular e indentada por fiordes. Podemos encontrar o maior fiorde do mundo na Gronelândia, mas o restante pódio encontra-se aqui (Sognefjord em 2º e Hardangerfjord em 3º). O interior consiste sobretudo em planaltos e montanhas escarpadas em torno de vales férteis.
A Noruega recebe águas da corrente do Golfo, o que lhe confere temperaturas mais amenas comparativamente a outros locais de latitudes equiparáveis. O verão recebe-nos com temperaturas amenas mas a costa/fiordes continuam a ser chuvosos nos meses quentes. O inverno não é muito severo na costa mas ainda assim neva no cume das montanhas, enquanto que o interior sofre com neve e frio.
Informação básica:
- Capital: Oslo
- População: 5,4 milhões (dados de 2021)
- Língua: Norueguês
- Religião: 68% Luteranos; 3% Islão; 3% Católicos; 18% sem afiliação religiosa
- Moeda: Coroa Norueguesa (NOK). Em novembro de 2022:
- 1 EUR = 10,3 NOK
- 1 USD = 9,9 NOK
- Tomadas: tipos C e F (tomadas-tipo da UE)
Melhor altura para visitar:
O verão e o inverno incorporam os meses mais populares para uma visita, dependendo daquilo que se planeie ver.
O verão é por excelência a época das caminhadas e a melhor altura para aproveitar as zonas montanhosas da Noruega, nomeadamente os fiordes. Estivemos aqui numa primeira semana de julho: os trilhos encontravam-se em condições de fazer, e maioritariamente secos. No topo dos fiordes cruzámos zonas nevadas mas fáceis de ultrapassar.
Os meses mais frios (novembro-fevereiro), por outro lado, são os mais procurados para a zona norte e avistamento de auroras boreais. Embora as temperaturas sejam extremas, é nas noites mais escuras e longas e melhor se vêm as auroras.
Vistos (simplificado)
Cidadãos da UE beneficiam de entrada facilitada visto a Noruega pertencer ao Espaço Schengen. A maioria dos países das Américas, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia não precisam de visto para estadias de curta duração (<90 dias).
Dinheiro:
Virtualmente todos os estabelecimentos terão terminal multibanco, o que torna cartões pré-pagos como o Revolut uma solução bastante atrativa. Ainda assim, comprámos coroas norueguesas à chegada já que iríamos estar em zonas mais remotas, mas honestamente não nos lembramos de nenhuma situação em que não houvesse outra opção além de dinheiro físico.
Nunca é demais recordar que a Noruega é um dos países mais caros do mundo. Qualquer restaurante médio pode acarretar facilmente >30€/pessoa, pelo que evitámos. Usámos alternativas como estações de serviço, que servem snacks low-cost (cachorros quentes, hambúrgueres...) por 5-10€. Reservando airbnb com cozinha, confeccionar a própria refeição também permite cortar nas contas.
Quanto a preços de acomodação, fomos escolhendo hotéis e airbnb por 100-120€/noite, em média.
Cartões SIM:
Cidadãos da UE mantêm os preçários nativos quando viajam para a Noruega, portanto não contratámos um segundo cartão SIM. No aeroporto de Gardermoen existe uma loja Lycamobile que vende destes cartões ($34 por 15GB seria a opção mais barata aqui).
No entanto, a tecnologia eSIM encontra-se amplamente difundida e podemos encontrar opções que se enquadram no período de estadia ou nas nossas necessidades. Pessoalmente, temos usado a aplicação Airalo para destinos extra-Europa. Uma pesquisa rápida pelo aplicativo permite-nos encontrar 5GB por $9,5 ou 10GB por $14, o que neste caso é bastante mais barato que os cartões SIM típicos.
O que vestir:
Não há qualquer restrição de índole religiosa ao que vestir.
É de notar no entanto que a meteorologia é bastante imprevisível, especialmente na costa e fiordes. Podem ocorrer períodos de chuva em dias consecutivos, mesmo nos meses de maior calor. Um casaco impermeável é "obrigatório", seja qual for a estação.
Segurança:
Uma secção algo escusada nesta página, visto que estamos a falar de um dos países mais seguros do mundo. A excepção que confirma a regra é o famoso ataque terrorista na ilha de Utoya, em 2011.
Gorjetas:
Não são intrínsecas à cultura, apesar dos locais o fazerem quando se sentem satisfeitos com algum serviço. Ninguém olhará de lado se não se der gorjeta, mas caso queiramos mesmo fazê-lo, algo à volta de 10% do valor será o mais indicado.
Alojamento:
Desde dormitórios de hostel ou hotéis convencionais, não há grandes opções de alojamento barato na Noruega (excepto couch surfing). Equilibrámos as estadias por airbnb e hotéis económicos (com WC privado), e conseguimos gastar "apenas" 100-120€/noite em média. A qualidade dos alojamentos é geralmente bastante satisfatória, embora não recomendemos o local onde ficámos em Oslo (ver aqui).
Uma das vantagens de um airbnb, como já foi dito, é provavelmente estar equipado com uma cozinha ou algo similar. Apesar de poder não ser a opção mais barata para determinado local, pode nas contas finais até ficar mais barato, se considerarmos cozinhar lá em vez de jantar fora.